As disfunções endócrinas nos idosos são particularmente desafiadoras pois podem se apresentar de forma atípica, uma vez que com frequência há comorbidades e uso de medicamentos que podem alterar a apresentação clínica das afecções hormonais.

                   

Os níveis da maioria dos hormônios diminuem com o envelhecimento. Mesmo quando os níveis hormonais não diminuem, a função endócrina geralmente diminui com a idade porque os receptores hormonais se tornam menos sensíveis. 

Alguns hormônios que diminuem incluem estrogênio (em mulheres), testosterona (nos homens), hormônio do crescimento e melatonina. O significado clínico dessas deficiências com a idade é variável e inclui redução da síntese protéica, diminuição da massa magra e massa óssea, aumento da massa gorda, resistência à insulina, maior risco de doença cardiovascular, fadiga, depressão, anemia, perda de ciclos normais de sono-vigília, baixa libido e declínio da função imunitária.           

 

Embora pareça que a terapia de reposição hormonal possa ser benéfica em pessoas idosas com função diminuída, esta geralmente não parece reverter o envelhecimento ou prolongar a vida e, em alguns casos (como a reposição de estrogênio em mulheres mais velhas), é potencialmente prejudicial.